A Realidade Nua e Crua da Zona Rural

Só quem nasceu e se criou na zona rural sabe realmente as suas características. A lida diária, o cuidado com os animais, horta, lavoura, pomar; enfim são inúmeras as atividades.

Muitas vezes os preços baixos dos produtos, a falta de perspectivas, estiagens, pestes nas plantações tiram a perspectiva dos nossos amigos agricultores. Apesar de todas as dificuldades, o colono, como diz meu pai, vai ser o último a passar fome. Dentre as vantagens dos moradores da zona rural comparado aos da zona urbana temos: alimentos mais saudáveis sendo grande parte produzidos na propriedade, energia elétrica e água mais baratos, ar puro, natureza e tranqüilidade que não tem nos grandes centros.

Mas tudo o que escrevi acima até perde o sentido quando pensamos que a maioria dos jovens deixa o interior em busca de melhores condições de vida na cidade, muitas vezes desmotivados pelo decadente sistema da agricultura familiar, levando ao inchaço dos centros urbanos e conseqüentemente exigindo mais esforços por parte do governo para garantir infra-estrutura para as cidades.

Ao que tudo indica todo o esforço das gerações anteriores para desbravar a terra ficará no passado, quando em breve deixarem de existir pessoas dispostas a cultivar as lavouras não mecanizadas, voltando a se criar mato.

Com o êxodo rural, as escolas do interior são desativadas e só Deus sabe o que será num futuro próximo a situação dos pequenos municípios, que cada vez mais perdem os jovens para centros maiores em busca de melhores condições de vida, restando assim, uma pequena cidade de aposentados.

Parece um discurso pessimista, mas é a realidade. Daqui para frente muito deverá ser feito para se adequar a essa realidade, onde nossos netos verão nada mais que taperas na zona rural, em especial na nossa região.

Você vive ou apenas existe?

Na próxima segunda-feira, dia 14, começa mais uma novela na TV Globo, Viver a Vida. Para quem assistir espero que o faça com um bom senso crítico para entender a mensagem que ela irá passar.

Ficção a parte, as palavras “viver” e “vida” são realmente influentes e nos fazem pensar em muita coisa. Falando em viver, você realmente vive a sua vida? Você sente-se vivo ou apenas existe? A verdade é que muita gente apenas existe e sobrevive não dando sentido as suas vidas muitas vezes tendo todos os recursos disponíveis para dar esse sentido.

Existir não basta, é preciso viver. Viver é ter felicidade e ter essa felicidade baseada em coisas internas como o amor próprio e a auto-estima. Só assim, as coisas externas como dinheiro e bens materiais nos tornarão felizes.

Não podemos negar que fatores como falta de dinheiro, problemas de convivência, brigas, inveja, rancor, etc; são alguns dos causadores de infelicidade. Para tudo isso uma boa dose de bom senso (e como está em falta o bom senso hoje em dia) e atitude são fundamentais para evitar esses aborrecimentos.

A mudança para viver de fato começa por nós mesmos. Temos a capacidade para fazer isso, mas é claro, com uma boa dose de persistência, paciência e colocando a “cara a tapa”.

Precisamos de Amigos

Chego em casa a noite depois da aula, e como de costume navego um pouco na internet. De repente me deparo com a seguinte pergunta: Com quem vou falar no MSN?

Acesso o Orkut e vejo que tenho 206 “amigos” (se está entre aspas é pra chamar a atenção mesmo) e vejo o Orkut de outras pessoas, algumas até com um segundo perfil já criado por que o primeiro já lotou de “amigos”.

Tudo bem que mundo virtual e mundo real têm suas grandes diferenças e por isso mesmo devemos refletir o quanto temos de amigos sinceros e verdadeiros. O que se vê hoje é um grande número de pessoas carentes de amizade, pessoas fechadas que não se abrem e não falam de seus sentimentos e justamente por isso adoecem. Os aspectos das emoções e as doenças são bem explicitados no livro “Quem Ama Não Adoece” do Dr. Marco Aurélio Dias da Silva, que, aliás, recomendo aos leitores do meu blog, que o leiam.

A internet tem esse grande paradoxo, aproxima quem está longe e afasta quem está perto, e o pior é que ajuda a isolar as pessoas as tornando menos sociáveis e fazendo cada vez menos amizades, mas é claro, sem generalizar.

Na realidade, amigo de verdade é aquele que acrescenta algo em nossas vidas, que é otimista ao nosso lado e que nos ajuda a crescer como ser humano. Para desenvolverem-se amizades sinceras primeiramente não se pode deixar de falar ao outro o que pensa a seu respeito. Agindo assim conquistam-se os amigos certos, quando há compreensão de ambas as partes.

A grande verdade é que o número de amizades de uma pessoa é diretamente proporcional ao seu grau de carisma, simpatia e extroversão. Então se quiser ter muitas amizades desenvolva essas virtudes e seja feliz.